Archive for November, 2010

forever in your eyes

29/11/2010

infinito é um dos deuses mais lindos…

lovely girl

29/11/2010

doce garota sempre com brilho de menta ou cereja nos lábios, doce garota errando ou acertando, sorrindo ou chorando. de sapatilha ou salto alto. mesmo quando tenta ser má ainda é uma doce garota. que ainda chora quando algo dá errado, que tem vontade de abraçar seus pais quando eles dizem que te amam, que sente vontade de dormir o dia todo quando chove lá fora e que sente uma saudade louca de quando era criança. não adianta. vc não é mais criança. mas vc é doce. olha direito… atrás do olhos com lápis pretos, da unhas pintadas de cores escuras e do perfume de mulher. você ainda é doce. e não adianta. mesmo quando tenta ser quem você não é. você não consegue ser má. afinal, garotas nasceram para ser doces mesmo quando gritam, mesmo quando tentam não ser doces. você sabe. você não é mais a menininha do papai.  mas quando acorda no outro dia após cometer mais um erro, você ainda chora, sua cabeça ainda dói e você ainda quer voltar no tempo. ainda quer corrigir seus erros. mas não se lamente garotinha… você não pode voltar no tempo mas pode fazer diferente. então sorria e seja você.  você vai conseguir voltar a ser o que você sempre foi. uma doce garota.

flying away from somewhere

25/11/2010

Quando os quatro garotos se juntaram em Liverpool para criar uma banda, tinham planos ambiciosos, e deles fazia parte um grande show num estádio que ainda seria construído num país distante, para um cara que ainda não tinha nascido e que teria dois filhos, que quando pequenos só iriam dormir com esse cara cantando umas músicas que ainda não tinham sido compostas, muito menos cantadas, mas as músicas ficariam gravadas nas cabecinhas dos meninos de modo que quando eles fossem um pouco maiores, no dia do tal show, saberiam as letras de cor, não todas, mas algumas, aquelas com refrões menos complicados que pudessem ser entendidos em qualquer idioma, como lá-lá-lá e ob-la-di, e algumas outras com palavras curtas como let, it e be, por exemplo, e outras mais que aprenderiam nos primeiros anos de escola, como black e bird, portanto havia muito trabalho pela frente, era preciso formar a banda, compor as músicas, ensaiar, tocar, gravar, e ainda esperar o estádio ser construído, o cara nascer, casar, ter os filhos, e era preciso ainda fazer sucesso, para que as músicas fossem conhecidas e chegassem ao país distante, e que o cara gostasse delas, comprasse os discos, decorasse as letras, e os quatro garotos não sabiam direito quanto tempo isso iria levar, então só restava torcer para que os planos dessem certo até que chegasse o momento exato em que o estádio estivesse pronto para o show, e até que tudo estava correndo bem, talvez bem até demais, porque a banda fez muito sucesso, muito mesmo, e depois que as músicas com refrões fáceis e palavras curtas já tinham sido compostas e gravadas, vieram outras, bem mais difíceis e igualmente belas, e o sucesso era tão grande que um dia os quatro garotos ficaram grandes demais para uma banda só e se separaram, mas a ideia original do show no estádio do país distante para aquele cara e seus dois filhos foi mantida, disso não há dúvidas, como saberemos adiante, era um ponto de honra para os quatro, apenas uma questão de tempo para que tudo acontecesse conforme planejado, até que um deles morreu, isso não estava nos planos, e o que fazer?, seguir em frente, e os anos foram passando, mas felizmente as canções simples não foram esquecidas, e então o segundo garoto morreu, um despropósito, o que faremos?, seguimos, há uma meta, um destino, um objetivo, não devemos nos desviar, até que chegou o dia, porque o estádio tinha ficado pronto um bom tempo atrás, e o cara nasceu, e seus filhos também, e eles já sabiam algumas letras de cor porque o cara cantava na hora de dormir e colocava para tocar no carro, não havia mais motivo para adiar nada, e dos quatro apenas um, no fim das contas, pôde cruzar o oceano até aquele país distante para o show planejado tanto tempo atrás, o estádio estava lá, o cara e seus dois filhos também, se tivessem combinado não teria dado tão certo, marcaram dia e hora, e no dia e na hora marcados estavam os quatro lá, um dos garotos de Liverpool mais o cara e seus dois moleques, podiam começar, ok, faltam os outros três, mas não se pode querer tudo, certos planos precisam ser adaptados às circunstâncias, então que comece o show, magical mistery tour, é deles?, pergunta o mais novo, é, responde o cara com algumas lágrimas nos olhos, e pelo que consta foram só essas, logo no início, porque afinal o show estava combinado desde muito tempo antes, antes mesmo de ele e os filhos nascerem, e sempre que esses momentos muito esperados chegam, alguém se emociona, quem diria que eu ia ver um deles ao vivo, diz o mais velho, é mesmo, responde o cara, quem diria, all my loving, é deles?, o mais novo, é, o cara, é do primeiro disco, e as músicas iam sendo cantadas uma a uma, é deles?, o mais novo, não, essa não, é só dele, two of us, my love, blackbird, eleanor rugby, here today, agora vou fazer uma homenagem, anuncia o garoto que sobrou, e something, o baixo, o violão, a guitarra, tudo meio desgastado dos tempos em que os planos para aquele show foram traçados, e então, no piano negro, no alto do palco que estava um pouco longe, mas os telões eram do tamanho do prédio, garantiu o cara aos filhos, tranqüilizando-os, vai dar para ver tudo, o som é bem alto, vocês vão gostar, e no piano negro as palavras curtas, let, it e be, e o mais novo cantou junto, o mais velho também, então live and let die, explosões e luzes fortes, esse cara é foda, pensou o cara, ele sabe que crianças gostam dessas coisas, planejou tudo direitinho, e aí o cara se deu conta de que não estava chorando como pensava que ia chorar, que nada, estava era com um puta sorriso no rosto, aquele era a day in the life muito especial, muito mesmo, valeu a pena esperar tanto tempo, ele está feliz, disse o mais velho sobre o garoto de Liverpool, claro que está, respondeu o cara, afinal foram muitos anos esperando para fazer esse show para a gente, hey, jude, sussurrou, e os dois meninos cantaram com os braços para o alto, uau, pensou o cara, como é que eles sabem essa música inteirinha desse jeito?, e aplaudiam e gritavam com seus pulmõezinhos a pleno, e o tempo foi passando, estava ficando tarde, e in the end the love you take is equal to the love you make, o que quer dizer isso?, pergunta o mais novo, ah, é sobre amor, essas coisas, responde o cara, e os três estão sorrindo, acabou, o garoto de Liverpool se despede, acena para os três lá longe com a sensação da missão cumprida, finalmente fiz o show, os três agradecem, estão com fome, vão comer um sanduíche, os moleques estão ainda mais felizes porque no dia seguinte vão faltar na escola, acabou muito tarde, acho que combinaram com o garoto de Liverpool, tenho certeza, vi que ele deu uma piscadinha lá de longe, e é uma pena que os outros três não puderam vir, ficariam muito contentes com os aplausos e com a alegria do cara e de seus dois filhos, talvez até se emocionassem, é que demorou um pouco mais do que devia esse show, a gente não consegue adivinhar o futuro, não é mesmo?, mas tudo bem, o importante é que o show aconteceu, já podemos ir.

– Flavio Gomes

(achei num blog, achei bonito e reproduzi aqui. sei apenas que ele é jornalista e que suas palavras me tocaram)

25/11/2010

way back into life

25/11/2010

when the wind blows

23/11/2010

viver – não é? – é muito perigoso. porque ainda não se sabe. porque aprender a viver é que é o viver mesmo.

– Guimarães Rosa

lifehouse

19/11/2010

esses dias eu tava pensando: eu nunca consigo identificar quando os meus pequenos lapsos de felicidade aguda estão em erupção. somente percebo algumas horas depois, quando a boca insiste em mostrar os dentes e os olhos permanecem abertos, brilhando no escuro do quarto. então hoje eu vou aproveitar muito um desses lapsos. muito.

“Se Deus me deu uma coisa boa foi o sorriso”.

you really got a hold on me

19/11/2010

ela pega e me pisca, me risca, petisca, me arrisca e me enrosca.

– Chico

from my heart to yours

17/11/2010

algumas vezes eu penso que vim ao mundo com um defeito de fábrica: coração em excesso.
é coração na pele e em cada toque, nas pernas e por onde eu piso, nas costas e em cada apoio, no pulmão e em todo respiro ou suspiro, nos braços e em cada abraço. é muito coração espalhado num corpo só, muito sentimento nas extremidades. mas todo defeito tem um lado bom, né? com um coração espalhado por aí, abrindo sempre novos caminhos, mudando sempre de lugar, fica mais fácil caminhar: dá equilíbrio pra não tombar e uma leveza no meio do corpo.

week(end)

12/11/2010

Se você não existisse, eu te pensaria